USA - Europe

Madruguei novamente às 6 e pouco, já com a mochila montada pra ir embora. Seguimos pro Commuter Rail, aonde deixei pra trás mais uma ótima (e muito maluca, além de engraçada) companhia, que me tratou como um amigo de longas datas: Justine.

“The last train for the coast…”

Depois do Commuter Rail ainda peguei mais 3 metrôs pra chegar na South Station, de onde eu ia pegar o famoso ‘chinabus’ de volta pra NY. Eles saem de hora em hora, e quando entrei na estação era 8:52, ou seja, tinha 8 minutos pra comprar o ticket, encontrar a plataforma do ônibus e embarcar, ou então ia mofar 1 hora ali na estação. Perguntei pro primeiro que vi aonde eu pegava o chinabus e sai correndo no direção apontada por ele. Não sabia se ia poder comprar o ticket dentro do ônibus, ou se ia ter que comprar de algum caixa ali perto. Se fosse coisa americana não podia nem pensar em comprar dentro do próprio ônibus, mas como era um chinabus: apostei na bagunça, e acertei. Quando alcancei a plataforma (correndo da estação de metrô, passando pela de trem, pra chegar na de ônibus, já todo suado) vi já de longe uma chinesinha olhando pra mim com aquele olhar de “Se é pra cá que você ta vindo: corre!” e fui então o último a entrar no ônibus antes dele sair. O tempo não estava mais tão frio, e acabei dormindo a viagem inteira. Em NY, meio que me sentindo ‘em casa’, peguei 2 metrôs e um airtrain pra chegar no JFK International Airport. Depois de passar por muitas inspeções cheguei no portão do meu vôo em torno de 5pm. Como o avião só saía às 9pm, arrumei um canto, onde liguei meu laptop e enrolei. Depois de fazer os cálculos dos gastos nos States concluí algo em torno de 20 dólares por dia e me permiti um presentão por toda economia que eu tinha feito:

McFish e uma mega promoção do Angus Third Pounders

Cya USA

Umas 8 e pouco da noite ouvi a chamada para embarque. Me arrumei e quando cheguei perto do portão encontrei uma fila gigantesca, com um barulho gigantesco de conversas, gritos de crianças, brigas de mãe, risadas entre amigos. Se fosse um simples embarque americano aposto que estaria o mais absoluto silêncio, e aí me toquei então que, óbvio, já não estava mais ouvindo inglês, mas espanhol! Aproveitando o clima da bagunça, e que estava sozinho, dei aquela furada de fila e entrei antes da massa espanhola.
Entrei no avião e fui me sentar na janela, assento já reservado de muito tempo atrás. Chegando lá o que encontro? A única 'janela' que não tem janela!


Reclamei com a aeromoça (pra ver se conseguia algum lugar na primeira classe) e o máximo que ela fez foi dizer que eu podia pegar alguma bebida de graça. Um pouco depois consegui mudar de lugar pra um que era no corredor (já que não tinha janela, que pelo menos pudesse esticar minhas pernas). Lá fiquei conhecendo uma família americana muito legal.

Eu, Charlote, Audrey e Tom

Depois de conversar e rir muito, dormi meia hora e já acordei pro café da manhã. A diferença entre Espanha e onde eu estava nos EUA é de 6 horas, então enquanto era meia noite nos estates, já era 6 da manhã na Espanha. Acabou que 30 minutos foi tudo que consegui dormir antes de chegar na terceira parte da viagem: Europa!